sexta-feira, 3 de abril de 2009

Prosumer

A expressão Prosumer é uma palavra composta por aglutinação de producer (produtor) ou professional (profissional) + consumer (consumidor).
Este termo pode ter várias interpretações: o sector do negócio vê o Prosumer (professional–consumer) como um segmento de mercado, enquanto os economistas consideram o Prosumer (producer–consumer) independente da economia geral.
Alvin Toffler criou este termo para designar o novo papel do consumidor na sociedade pós-moderna. O consumidor actual caracteriza-se por ser exigente, sendo-lhe conferido um papel activo: o de se envolver no design e produção dos produtos e de pressionar o mercado a produzir aquilo que ele deseja, de acordo com as suas necessidades e motivações, ao contrário do que acontecia anteriormente, em que a indústria ditava as leis da oferta. Este poder conquistado pelo consumidor tem como causa a alta competitividade dos mercados, que tendem a gerir as suas estratégias com o objectivo de satisfazer o cliente e fidelizá-lo ao longo do tempo. O consumidor passou a ter influência e participação no processo de produção: são co-produtores - o que designamos de Prosumer, e a sua relação com o produtor tornou-se muito diferente, com o auxílio da Internet.
A segunda perspectiva (professional + consumer) reporta-se a um comprador de equipamento especializado, que pretende obter bens de qualidade superior comparativamente aos de consumo normal. Estes Prosumers são caracterizados pelo seu entusiasmo por novos produtos, e do ponto de vista do marketing, aproximam-se dos “early adopters”. Esta abordagem é comum nos equipamentos áudio e vídeo, câmaras digitais, etc.
Numa vertente interactiva, a expressão Prosumer emerge a partir de um dos principais pilares da Web 2.0: a participação.
Assim, o Prosumer é um “Produtor Consumidor”, no caso da Internet, de informação e conteúdo: consome informação e produz conteúdo de alta qualidade. Exemplo disso é a Wikipedia, uma enciclopédia virtual participativa, totalmente actualizada e expandida pelos seus utilizadores/colaboradores, mas sujeita a um processo de apuramento e filtragem, o que garante a qualidade, credibilidade e congruência do conteúdo e da informação publicada. Isso permite ao visitante utilizar o site como fonte de pesquisa fidedigna. Seguindo este exemplo, os Prosumers são os colaboradores da Wikipedia, geradores de conteúdo de qualidade e confiança.
Na era da Web 2.0, o utilizador quebra o paradigma de ser apenas receptor da informação, passando a ser também seu autor. Esta transformação, ocorrida por efeito das novas tecnologias, veio mudar radicalmente o cenário da comunicação. As pessoas transitaram do mero consumo virtual, para um papel activo, em que produzem o seu próprio conteúdo e que são capazes de influenciar o comportamento de compra. Esses são os “prosumers” - indivíduos produtores e consumidores de informação.
A vantagem do conceito Prosumer prende-se com a seguinte lógica: se pensarmos no comportamento de consumo como um processo de tomada de decisão, a publicação de uma quantidade imensurável de conteúdo na web possibilita ampliar a capacidade cognitiva sobre determinado produto ou serviço, o que é importantes na formação da imagem das marcas. Isto pode traduzir-se numa vantagem ou desvantagem para as marcas, produtos e serviços veiculados, na medida em os Prosumers têm a capacidade de antecipar os grandes lançamentos e novidades, participando, colaborando e influenciando todo esse processo.
Por tudo isto, os Prosumers são reconhecidos e requisitados pelas empresas que pretendem que eles estejam do seu lado, pela influência que exercem, como “opinion leaders”.

Exemplo de Prosumer (video: Prometeus - The Media Revolution):
http://www.youtube.com/watch?v=aD4XtZqJu-U




PR Stunt

O conceito PR Stunt aparece relacionado com a área das Relações Públicas, e consiste na criação de algo muito diferente ou alternativo, que faz transformar um facto em notícia.
Para compreender o poder desta ferramenta, há que perceber a sua relação com os meios de comunicação (rádio, revistas, jornais, televisão, sites, blogs): os seus interesses convergem no ponto em que procuram notícias apelativas na expectativa de se desencadear o fenómeno da sua divulgação espontânea e mediática, através da criação de um determinado facto que chame a atenção. Com o auxílio de acções diferentes, ousadas, alternativas e criativas, que chamem a atenção, a probabilidade de esse facto atingir notoriedade espontânea aumenta consideravelmente.
A concretização do PR Stunt desencadeia-se através do relacionamento com meios, como a imprensa, realizado pelas RP especializadas na matéria. Desta forma, promove-se o reconhecimento, o destaque e o impulso em relação a determinada acção ou marca. Por vezes, o PR Stunt criado causa um impacto na sociedade de tais proporções, que chega aos mais diversos meios ainda antes do trabalho das RP ter começado.
As principais vantagens desta técnica são o baixo custo – é um método económico, e os índices de credibilidade que alcançam os factos transmitidos nos meios.
O objectivo do PR Stunt é a criação de situações diferentes, estranhas, “fantásticas”, surpreendentes, que desencadeiem a propagação espontânea da notícia. Para potenciar a acção da forma mais eficaz, é necessária a intermediação das RP: há que criar um conceito forte para posteriormente, nos media, desenvolver uma acção que provoque, de forma espontânea, a notícia mediática, para além do habitual “passa-palavra”. A intervenção das RP passará por fazer circular o “facto” no maior número de meios, respeitando o público-alvo da acção.
Esta técnica oferece, às empresas, formas alternativas de promoverem os seus produtos. Quando lemos diariamente os artigos e as notícias, nem nos apercebemos que muitas dessas histórias são resultado de um processo de criação meticuloso e intencional, cujo objectivo é atingir cobertura de media, e consequentemente actuar no subconsciente, fazendo por exemplo associar um produto a uma história relatada na notícia. Para promover um produto, o PR Stunt pode manifestar-se sob a forma de uma história numa notícia, um press release, um evento, ou associar o nome de uma empresa a um artigo, afim de ganhar notoriedade.
Uma vez que o PR Stunt é uma forma de “publicidade” que não paga espaço, os media não são obrigados a cobrir as suas histórias. Contudo, se se tratar de um facto interessante, sensacionalista ou escandaloso, será certamente considerado, por ser proveitoso para todas as partes envolvidas.
Em suma, o PR stunt é criar e produzir uma história estranha, original, hilariante, bizarra, trágica, sensacional, do além, etc., com intenção de apelar e despertar o interesse público e dos media, para incrementar o reconhecimento e notoriedade do produto associado à ideia. Os PR Stunts poderão também incluir marketing de guerrilha ou ambient marketing, que na prática se manifestam, por exemplo, nas actividades promocionais feitas nas ruas.

Exemplo de um PR Stunt (vídeo):

quinta-feira, 2 de abril de 2009

WEB 2.O

Web 2.0 é um termo criado em 2004 para designar uma segunda geração de comunidades e serviços baseados na plataforma Web, como os blogs e wikis, expoentes desta massificação, e aplicações de redes sociais. O termo tem ainda uma conotação de uma nova versão para a Web, contudo não se refere à actualização das suas especificações técnicas, mas antes a uma mudança na forma como vai servir utilizadores e criadores.
Segundo Tim O’Reilly (fundador da O’Reilly Media e criador da expressão Web 2.0), "Web 2.0 é a mudança para uma Internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. (…) A regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva".
Como já percebemos, Web 2.0 é um conceito relativamente recente, e reporta-se ao fenómeno de o utilizador de internet passar de mero consumidor passivo de informação a produtor e disseminador de conteúdo na web. São exemplo disso os blogs individuais, coletivos ou corporativos; os espaços para comentários de leitores em sites de notícias; os vídeos do YouTube; as redes de amigos dos já famosos Facebook, MySpace, Hi5, LinkedIn.
Esta utilização da Internet como plataforma para aplicações diversas foi designada de “web 2.0″ - que aparece em oposição à “Web 1.0″, criando uma analogia que compara as novas actividades disponíveis com as limitações da fase inicial da rede.
O conteúdo dos websites também sofreu um enorme impacto com a Web 2.0, caracterizada pela comunicação aberta: o utilizador tem a possibilidade de participar, gerando e organizando informação ou de enriquecer conteúdo já existente, com comentários, avaliação ou personalização.
Além do conteúdo editorial e noticioso, na Web 2.0 o conteúdo de alguns sites visa gerar comunidades virtuais, seja através de sites de relacionamento, de redes sociais, seja através de comentários em notícias e blogues. Nesses sites, os membros exibem perfis (fotografias, informações sobre idade, sexo, profissão, gostos pessoais), trocam experiências e comentários sobre temas comuns, criam relações de amizades, formando redes entre elas.
Na Web 2.0 verifica-se também uma mudança no tratamento da informação. Se antes os dados eram segmentados por categorias, agora a organização do conteúdo é feita também pelo próprio utilizador sob forma de marcações (tags). Em vez de criar pastas e categorias pré-definidas para o utilizador escolher, cada um pode definir uma palavra-chave para determinado conteúdo; assim, quanto mais utilizadores marcarem o conteúdo, melhor organizado ele será.
Esse conteúdo passa também a ser disponibilizado fora da internet, através dos dispositivos externos e do acesso por outros serviços – no telemóvel, por exemplo.
Esta mudança no comportamento do utilizador de Internet está obviamente relacionada com a evolução tecnológica, que permitiu criar e aperfeiçoar as técnicas ao longo do tempo. A vantagem para os antigos consumidores passivos de conteúdo é o fácil acesso a softwares cada vez mais poderosos e simples, que disponibilizam ferramentas que competem com as dos autores de conteúdo profissional. Para além disso, emergem cada vez mais serviços de publicação (a maioria gratuitos) que permitem publicar e divulgar conteúdo, para quem quiser aceder, a custo zero. Por conseguinte, a simples publicação de conteúdo doutrora, que visava um consumo passivo, deu lugar a ambientes online cada vez mais acessíveis e apelativos – as plataformas, para a criação e divulgação de conteúdos gerados pelos utilizadores.
O marketing e a publicidade online também mudaram muito com a Web 2.0. Agora a empresa, ao invés de comunicar, deve aprender a interagir. A publicidade deixou de ser unilateral para se tornar em relacionamento entre pessoas da empresa e consumidores. As antigas formas de publicidade online deram lugar a campanhas em que só se paga pelos cliques que o banner recebe, marketing através de links patrocinados em sites de busca, optimização de sites para sites de busca e marketing viral.
A Web 2.0 foi ainda responsável pelo aparecimento de acções cross-media que conjugam a Internet com outras media: têm início num anúncio no jornal ou na televisão e prolongam-se na Internet, com a participação dos utilizadores.

Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Web_2.0
http://pt.wikipedia.org/wiki/Web_2.0
http://www.oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/what-is-web-20.html
http://mirellanascimento.wordpress.com/2009/03/22/na-web-20-quem-manda-e-o-usuario/

terça-feira, 24 de março de 2009

Mood Board – Definição

Mood Board pode definir-se como o estado de espírito presente, ou seja, aquilo que queremos expressar num determinado momento.
O Mood Board pode ser uma representação gráfica, através de um desenho em forma de poster ou quadro, que contém imagens, fotografias, texto e objectos, formando uma composição única do seu criador.
Genericamente, os Mood Boards são utilizados para expor conceitos, e comunicam a intenção do desenho recorrendo a aspectos de ordem emocional e contextual. A nível profissional, o Mood Board é usado como um sistema de referência, em disciplinas como: website, design, marketing, comunicação, filmes, anúncios, etc.

Exemplo de "Como criar um Mood Board"


Mood Board Pessoal


Mood Board Profissional



Mood Board Cultural


Bibliografia:
Aulas de inovação e Criatividade em Comunicação
http://images.google.pt/images?hl=pt-
http://en.wikipedia.org/wiki/Mood_board

domingo, 22 de março de 2009

Connect Marketing / Mobile Marketing

Connect Marketing refere-se a toda a abordagem de marketing que crie conversações para mercados alvo, acrescentando um valor mensurável a uma marca. É, por exemplo, criar uma campanha com o objectivo de manter os consumidores em linha, através de emailing, sms, mms, etc. O Connect Marketing é uma técnica que pode recorrer à conjugação de técnicas como o Marketing Viral e o Buzz Marketing, aliada à evolução do consumidor, cada vez mais receptivo a redes sociais, partilha de experiências, opiniões, e novas formas de intercomunicação. É toda a comunicação relacionada com novas tecnologias e formas que dispomos para nos conectarmos, como são exemplo os “mms” e ”sms”, nos telemóveis.

Mobile Marketing é um conceito relacionado: consiste em campanhas de marketing para dispositivos móveis, como por exemplo, as campanhas desenhadas para telemóveis. Uma das ferramentas utilizadas é o Interactive, uma comunicação que atinge directamente o receptor por várias formas, entre elas: sms, mms, Internet (WAP), conexões bluetooth, etc.
O Mobile Marketing é relativamente recente, e designa todo o marketing que aparece em ou com um dispositivo móvel, como o telemóvel. O marketing em telemóveis tornou-se muito popular desde o boom dos SMS (Short Message Service), no início da década de 2000, na Europa e nalgumas regiões da Ásia, quando as empresas começaram a recolher números de telemóveis para posterior contacto, através do envio de mensagens de conteúdo desejável e indesejável.
Nos últimos anos, os SMS tornaram-se num canal de publicidade legítimo, em muitas partes do globo. Isto porque, ao contrário do que acontece com os emails na internet, a indústria de media móvel tem regras e práticas estabelecidas. A IAB (Interactive Advertising Bureau) e a Mobile Marketing Association impuseram uma regulamentação para o uso de canais móveis pelo marketing.

O Mobile Marketing via SMS expandiu-se rapidamente, como um novo e eficiente canal para atingir o consumidor. O SMS teve inicialmente uma conotação negativa, por ter despoletado uma nova forma de spam, já que alguns anunciantes enviavam mensagens indesejadas para os telemóveis dos consumidores. Porém, hoje temos a vantagem de as operadoras de telemóveis exigirem o cumprimento do código, o que tornou o SMS na vertente mais popular na indústria de marketing móvel (aproximadamente 100 milhões de SMS com publicidade enviados por mês, só na Europa).
Nos últimos anos, este novo canal de comunicação com o consumidor móvel tornou-se incrivelmente famoso, também pela popularidade que os códigos próprios do telemóvel alcançaram. Esta técnica tem ainda a vantagem de permitir ao consumidor escolher se quer ou não continuar a ser contactado via SMS, pelo simples envio duma mensagem a solicitar cancelamento (estabelecido pelas instituições dos direitos do consumidor).

Fontes:
CUESTA, Félix; La Gestión del Marketing Directo; McGrow Hill
http://marketminding.blogspot.com/2008/11/marketing-viral-buzz-marketing-word-of.html
http://www.marketingconnect.fr/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mobile_marketing

Buzz Marketing

Buzz Marketing consiste em construir um acontecimento ou utilizar eventos de destaque (que captam atenção) ou alguma notícia, com o objectivo de fazer as pessoas falarem de uma marca, como uma corrente “boca a boca”. Segundo a WOMMA (Word of Mouth Marketing Association), Buzz Marketing engloba todas as formas de marketing que se difundem “boca-a-boca”, seja numa situação de comunicação face a face ou mediada por computador, televisão, rádio, etc. O seu objectivo é dar um motivo para que as pessoas falem de produtos e serviços, e promover a iniciação deste tipo de conversas.
O Buzz Marketing é uma ferramenta de marketing que apresenta como principais vantagens ser eficiente e económico, pois difunde a mensagem através do “passa palavra”, com o objectivo de pôr as pessoas a falar de um produto / serviço, conseguindo obter grandes resultados com um investimento reduzido.
Outra vantagem prende-se com as facilidades criadas pelo uso da Internet, que permite que esta técnica se torne cada vez mais forte, rápida, atingindo um número de pessoas cada vez maior. Claro que isto só é possível com a divulgação da campanha, que passa pelo interesse do consumidor em mostrar, enviar, comunicar e conhecer o produto em profundidade, passando a mensagem para pessoas com gostos parecidos, ávidas de novidades, notícias e informações sobre certos produtos.
O Buzz Marketing é como que um “murmúrio”: surge de forma calma, e cativa com precisão o seu público-alvo, permitindo que muitos outros consumidores possam vir a ter conhecimento do produto / serviço.

Os princípios básicos do Buzz Marketing são:
- Informar pessoas sobre produtos e serviços;
- Indetificar pessoas que partilham opiniões;
- Desenvolver ferramentas para que a informação seja facilmente partilhada;
- Para estudar como, onde, e quando as opiniões são partilhadas;
- Para auscultar e responder a clientes, inimigos ou neutros.
Puma, Nike, Harry Potter, Havaianas, Guess, Nokia, Apple, são algumas empresas já consideradas casos de sucesso em campanhas de Buzz Marketing.

Em suma, o Buzz Marketing motiva indivíduos a transmitir uma mensagem a terceiros, criando potencial para o crescimento tanto da exposição como da influência da mensagem: aproveita o fenómeno da rápida multiplicação para levar a mensagem a inúmeras pessoas, como uma ideia que se espalha nos segmentos interessados, espontaneamente ou de forma planeada por um agente externo.

Fontes:
BuzzMarketing, Mark Hughes - Actual Editora
http://en.wikipedia.org/wiki/Buzz_marketing
http://searchcrm.techtarget.com/sDefinition/0,,sid11_gci939341,00.html
http://www.womma.com/
http://www.mxstudio.com.br/forum/index.php?showtopic=33007

quarta-feira, 18 de março de 2009

Técnicas a desenvolver:

1. Neuro Marketing
2. Lovemark
3. Marketing de Terrorismo
4. Punk Marketing
5. Marketing Tribal